sexta-feira, 11 de abril de 2014

11/04

Louco,só restou ao homem escrever.
Gabi dizia "Eu te amo", a uma esquina da li, ouvindo em troca de seu amor "que só sabe de tudo quem sabe perceber o nada".
Tudo explodiu em 6 escalas de graus molhados em direção a cúpula dos sonhos.
A chuva lavou o tempo deixando o lá fora em pausa.
Ele varreu o jardim profanando o Eden,
Pelo chão, pelos buracos, pelos ares!
Mas mesmo assim abanaram para a velinha no prédio ao lado.
No centro do globo a energia virava vida cósmica efemeramente eterna.
Desconfigurado, o corpo do homem agora já não era mais nada.
Os átomos configuravam mil novas configurações por segundo se refestelavando uns em cima dos outros
Sem camisa, através dos óculos e por dentro das calças,
A grande feira do aqui e agora, aqui e agora, aqui e agora, já havia tomado conta do aqui e agora.
Um terremoto sacudiu os átomos de oxigênio que ocupavam o espaço entre os átomos dançantes
Martelos, pregos, moedas garrafas, tênis, e pouco dinheiro,
Debaixo dos crânios ingênuos de gênios momentâneos que aprenderam transformando oxigênio em tudo ou nada.
O ciclo encerrava para um novo começo e agora Gabi tomava remédios com bula e tudo.
Tudo mesmo.

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