domingo, 3 de agosto de 2014

playformance

Playformance é uma prática de arte ao vivo nascida nas aulas de Processos Híbridos de Criação.
É um espaço de investigação em performance arte posto em ação de forma pública e colaborativa. Escolhemos o que vamos jogar em pleno jogo. Construímos um território efêmero de experiências poéticas que partem do cotidiano, da rua, do sono e dos sonhos. Dimensões aparentemente contraditórias como o público e privado, o caótico e o organizado, arte e vida convivem criando assim faíscas híbridas que nos movimentam. Criamos e nos deixamos levar pelos fluxos que formam nosso cotidiano e como a "arte" se manifesta enquanto ação.

Pensamos nos saraus modernistas, nas derivas e nos encontros de improvisação – sessões de JAM, tendo como eixo fundamental a busca pelo aqui-agora e as possibilidades de composição abertas quando repousamos nossa consciência sobre o presente.










segunda-feira, 14 de julho de 2014

AULA PHC - Grupo experimental de dança

11 de julho ·  · Tiradas em Casa De Cultura Mario Quintana Porto Alegre
ver - ser visto : o processo da foto-video-performance. experiências de composição ao vivo.












quarta-feira, 18 de junho de 2014

Sentindo

Meu projeto consiste em juntar um grupo de pessoas no espaço, onde cada um deve escrever em um papel uma emoção que esteja presente em seu corpo, que lhe chame mais a atenção, algo que queiram dividir ou de que queiram se livrar, e colar esta emoção numa peça de roupa. Pode ser uma ou mais peças de roupa, cada uma com um sentimento diferente (apenas um por roupa). As emoções podem ser parecidas, mas nenhuma deve se repetir. Os presentes devem então despir as roupas escolhidas, despindo junto o sentimento que foi significado à roupa. As roupas serão dispostas aleatoriamente no espaço, e os participantes devem escolher uma nova roupa (e emoção) para incorporar (nenhuma emoção/roupa pode sobrar). Ao incorporar a roupa e seu sentimento, o participante deve se tornar o sentimento, até que o tempo, o corpo e o ambiente modifiquem aquele sentimento para algo diferente. O que acontece nesta etapa é livre, as pessoas podem interagir ou se isolar, aqui se abandonam as identidades. Tudo o que acontece pode servir pra modificar o estado de espírito que se está trabalhando. Em algum momento, as pessoas trocarão de roupa uma com a outra, ou simplesmente abandonarão a roupa, sem trocar de imediato, até acharem outra que lhes sirva. Quando isso acontecer, elas devem trocar o sentimento presente originalmente na roupa que acabaram de despir por outro que tenha se desenvolvido no processo, e então devem abandona-lo junto com a roupa, para que se repita o processo. Pode ser que se torne algo completamente diferente do que era no começo, pode ser que se mantenha igual. O fim não é determinado, mas o “jogo” acaba caso todos os sentimentos virem um só.

O projeto tem a ver com PHC e com as mudanças de estado corpo-mente da aula do Alessandro.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Olá! ^^ Tive que sair antes da ultima aula de PHC, portanto aqui está o meu projeto de performance

Materiais utilizados: Revistas e/ou jornais velhos, tesoura e cola

O performer, vestindo apenas roupas íntimas e uma mascara neutra, traz consigo revistas e/ou jornais velhos, tesoura e cola. O seu corpo estará dividido com traços de caneta da seguinte forma: A bunda é a area dos conceitos de liberdade, o peito será a area da propaganda, mascara a do orgulho, pernas: desejo, pés: fetiche,braços: politica e família, costas: medo. Ele dispõe estes materiais a sua frente e convida pessoas para procurarem palavras  as quais remetam aos conceitos divididos no receptaculo(adoro essa palavra) e colarem nos seus respectivos lugares. No meio deste processo o performer estabelece um dialogo fazendo questionamentos sobre como tais palavras refletem no dia-a-dia, qual o valor que elas possuem, se são verdadeiras ou somente impostas e se o seu ego fica acima ou não ao modo como elas são introduzidas no seu pensamento.

É o Leo, por algum motivo o meu nome esta como styck dud :P

quarta-feira, 11 de junho de 2014

eu sempre desejo



Tendências

Há uma tendência forte ao meu desligamento do que posso considerar racional
nas aulas de PHC - Isso não é algo negativo. Pelo contrário, é quando eu acesso
uma espécie de bolha do sonho. Algo que me leva ao surreal em potência, quando
o corpo se encontra livre para a experimentação do que for possível a partir do
que já existe. O que também não quer dizer que há menor importância quando a
mente escolhe manter-se ativamente critica, racionalmente direcionada, porque
ainda assim ela sabe das possibilidades de se permitir a acessos variados e livres,
sutis percepções.


- Desmistificando o Maluco -

São Paulo

Na minha ida a Sp realizei a
performance: Ato - 50 000 Mulheres.




segunda-feira, 2 de junho de 2014

Aula 6 PHC dia 23 de maio.

João fala
João atiça
João provoca
Fomenta
Entra
Entrega
Desconecta
Desintegra
Grita
Vive
Expressa
Cala
Íntegra
Volta
Retoma
João contextualiza

João sai... 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Aula 5: OS MONSTROS

Existem diversos seres na Terra que causam espanto e curiosidade. Mas eles não surgiram repentinamente. Há um delicado processo de construção e incorporação em 7 etapas:

Passo 1.
Raspe com as unhas a superfície da pele deles.

Passo 2.
Com o dedo polegar e o indicador retire pequenos pedaços que ainda sobraram de pele.

Passo 3.
Coloque a primeira camada de uma nova pele, cuidando para primeiro cobrir bem o rosto afim de desumanizá-los.
Obs: tome cuidado! esse é um passo perigoso, pois, eles podem manifestar agressividade.

Passo 4.
Verifique se todo o corpo anterior foi devidamente coberto com a primeira camada de pele.

Passo 5.
Coloque a segunda camada de pele, preservando as articulações.

Passo 6.
Dê o seu toque pessoal na criatura.

Passo 7.
Se afaste imediatamente e observe-o.

Passo 8. (OPCIONAL)
Domestique-o. 

Passo 9. (OPCIONAL)
Tire uma foto criativa com ele e publique no Face para os amigos curtirem.
   

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Viva o coelhinho...

A Páscoa já passou faz tempo... mas aí vai um vídeo para relembrarmos esta data querida!


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Aula N.4 Espaço - corpo/matéria - Tempo

aonde foi que eu estive?




Agora já tenho certeza que o corpo é somente corpo nesse espaço
bem frequentado. Composições Assimétricas, contatos diversificados.
Desconstruções necessárias para que a integridade do que sou possa
seguir livre, em meio aos fios entrecortando o espaço. Água da boca
e objeto estranho se acumulando em seus cantos. Momento de abertura
da mente. Já é tempo, do exorcismo artístico.

-"Psicografia" - Referente a Aula do dia 25/04-

Florido Priscila

sábado, 10 de maio de 2014

"Estados" - Tempo - Comprimido - Distendido - hã?

Início: eu me explorando

Auto busca - conectar comigo - me usar - usar minhas coisas - explorar - brincar - agir - desequilíbrio - possibilidade... resultado: encontrei um estado de possibilidade - de criatividade - pronta para o que "der e vier". com tesão.

Meio: eu explorado o espaço e o outro
estado de "possibilidade' - reajo, sinto e vibro no compasso do outro - interajo - pesquiso - jogo - não jogo - sou com todos, nem todos me sentem, mas eu sinto. com tesão.

Meio 2: eu desconectada com tudo

desentendi a proposta - desconectei - said o estado de "possibilidade" e fui para o estado "contemplativo" - sentei - observei - olhei - fui chamada - fui - apenas executando ações - sem relação - sem estados - não curti - suor. sem tesão.

Fim: Tá, deu!

Chega - acaba - já foi - cadê minha mochila - achei - que bom que não ta na roda - putz, e aquela câmera que quase se espatifou no chão - tarefas - ações - confuso - chega. sem tesão.


ps. tesão não literal - tesão relacionado a minha relação com o que eu faço.

1. Primeira aula, primeira postagem, "baba antropofágica".


PERFORMANCE, ESPACIALIDADE E O RE-ENACTMENT
Uma performance pode ser re-feita?¹

“re-enactment seria um re-fazer de uma performance, dentro de uma perspectiva quase museológica de conservação, ou se apresentaria como um desdobramento, uma multiplicação, uma contaminação artística?” (ALICE, Tânia)²

Pois é... pode? será? 

Eu artista - eu artista criador - eu artista político - eu artista provocador - eu artista ativo - será que eu consigo dar "sentido" para uma experiência não provocada por mim? Será que consigo reviver algo explorado em outro tempo-espaço? Será que possuo dispositivos acionáveis para algo de outra pessoa?
POR QUE NÃO?

Acho que é uma experiência válida explorar práticas de outros artistas, performers, terapeutas(?)... dando o sentido de pesquisa - de investigação de potencialidades. Não nego a experiência, vivo-sinto-participo-faço-reflito-ajo. mas não a mil pelo Brasil! Me permito, mas não me dá tesão.

Caetano Veloso + Lygia Clark + Suely Rolnik = http://www.bcc.org.br/filme/detalhe/037834 

Questão para o próximo encontro:

Como me estimular para entrar em contato comigo? Como entrar em contato com o outro? (não aparentemente - e não qualquer contato)

ps. tocar no início da aula "it's a long way" foi uma ótima recepção...

1. Título de um trabalho "não apresentado" no I Encontro Regional Pibid; autora: Gabriela Tavares
2. ALICE, Tania. O Re-Enactment como prática artística e pedagógica no Brasil. E-misférica, v. 8.1, s/n, 2010. Disponível em:  <http://hemisphericinstitute.org/hemi/es/e-misferica-81/Alice> Acesso em: 25 de Outubro de 2013.

Um texto que pretendo ler: http://eipcp.net/transversal/0507/rolnik/pt

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Quando o ser sente que não.

Não sinto amarras dentro da arte e dentro da vida que me façam ser avesso às tentativas. Sempre tento ser adepto à pró-atividade  nas manifestações artísticas que desconheço. Essas palavras fazem-se  materiais, porque preciso deixar-me contestar a liberdade forjada, quando não é natural, ou sensível. Talvez ,pelo menos, para meu corpo. Sou de vocês sempre que estamos juntos, grupo, porém sou um ser individual também e na última aula não me senti energeticamente disposto a comungar com vocês em alguns momentos; pois as propostas de aula não chegaram até mim de forma sensível e convidativa.

Percepções sobre a aula do dia 25/04.

Pascole


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Páscoa

A Rua dos Cataventos

Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arrancar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
(Mário Quintana)

Caetano e a Teia


Sorri com aquele som que cortava o espaço aéreo.
Caetano me disse: se jogue!
Dancei.
E parei. E esquentou no frio. E a pele se esticou lambendo a pele do chão.
Vi corpos, cobertos por peles e por roupas.

Caetano cantava e me esquentava.
Todo dia eu como uma verdade e vomito uma metáfora.
Hoje comi um fio de lã e regurgitei minha alma. Saiu quente e acho que foi embora, porque ficou fria, ficou podre, ficou nojenta. Não é mais minha alma!

Caetano já não canta e eu já sinto frio novamente.
Iemanjá aparece na flor. Na flor rindo. Florido.
E a teia surge. Mágica, mágica, mágica. Sou aranha, todo mundo dentro é.
Corre, agarra, pula. Não penso mais em Caetano. Só penso na aranha.
A teia é um caleidoscópio de imagens. Imagens de coelhinhos aleatórios.
Imagens de facas cortando pulsos.
De uma mulher dançando.
De um menino chorando e moedas caindo.
De jovens correndo no parque atrás de chocolate.
De ovos ovários.
De um rio e uma canoa.
De um escuro.

Caetano silencia.

Sequestro

Sexta de manhã. Sequestrado! Fui sequestrado. Fomos sequestrados.
Tinha que sair do espelho e caminhar pra um portal: plantas, plantas, muitas plantas e chuva.
Água benta que cai nos meus cabelos e que limpa algum lugar para a nossa chegada.

TODO MUNDO VÊ O QUE EU VEJO?

Mas era só o portal.
Tem uma nave lá em cima, uma abóboda cor de rosa.
Tem uma escada que dá acesso. Frágil. Pura. 5 por vez.
Subi correndo, com medo, comendo.
Entrei e aos poucos entramos.

ME TIREM DAQUI!

Fiquei sem respirar por 9 minutos e acabou. Todos foram acabando. Eu fui acabando e acabei.



terça-feira, 6 de maio de 2014

Texto dois.

Mais uma performance, mais uma apresentação. Mais uma forma de me desnudar de mim mesma. Até onde eu queria isso? A verdade nua e crua é que eu simplesmente não queria. A chuva, o frio, a minha rinite e a bendita desidrose eram desculpas físicas e palpáveis de um doer que ia além do físico. Eu não me encaixava naquela caixa. Eu não fazia parte daquele grupo da chuva, das ervas daninhas, das sujeiras de pombo. Eu não era. Eu não queria ser. E, sinceramente, não tinha problema. A interação ainda existiu e o carinho não sumiu. O coração ainda era meu, a alma ainda era minha e, além das roupas, das coisas, eu já começava a enxergar os meus colegas pela faísca no olho e o sorriso tímido no rosto. Tudo muito subjetivo, tudo muito sentimental. Mas acho que é a isso que um grupo experimental se resume...

Texto um.

Texto um.

Montar a minha ilha. Como fazer isso? Como me reconhecer em pedaços tão inúteis de mim mesma? A semi-nudez não me intimidava, poucas vezes me intimidou. O que me intimidava, e me incomodava, era a tentativa de me construir em algo em que eu não necessariamente me reconhecia. Rosa, desde quando eu gosto de rosa? Moedas arrumadas ou moedas bagunçadas? Tantas perguntas inúteis. Até onde elas compunham quem eu era e até onde elas me enganavam e enganavam o outro? Como formar minha ilha? Como me formar e identificar o que era "meu" como algo real e parte de quem eu sou?

E depois dessa confusão inicial veio a troca. Troca-troca de energia. Que confusão interna. Parecia que eu me debatia comigo e todos aqueles outros que tentavam fazer parte de mim.Como assim ele arrumou as moedas dele em duas filas horizontais? Quem raios precisa dessa quantidade de camisinha? Caramba, como essa calça me aperta....Ao questionar os outros, eu me questionava. Em. cada. maldito. instante. Eu era todos e não era ninguém. Eu não me pertencia mais. E toda essa mistura me trouxe um cansaço que nem eu imaginava que existia. Um cansaço moral, existencial. Uma puta canseira de ser quem eu era...

Namisi

Fios que afogam

Seus pertences. Já falei que depois que comecei a experimentar/vivenciar as aulas de performance minha relação com as minhas coisas mudaram? Pois é, essa relação gerou uma grande pergunta que move meus dias atuais e me modifica de forma radicalmente constante: O QUE EU PRECISO? Muitas são as respostas/reações que aparecem quando eu estabeleço/faço essa pergunta, muitos são os sustos que eu tomo com certas respostas (minhas), quando me deparo com uma consciência mecânica, clichê e monótona.

/As respostas me instigaram e me trouxeram novos “campos” que até então adormecidos estavam por eu não querer acordá-los. Não preciso dizer que estas respostas geraram mais muitas perguntas.

/Comam o novelo. Hã? Como assim? E ele foi enfiando aquele emaranhado de fio na boca. Assim, eu repeti. Enchi a boca de lã, de cor, de fio de lã de cor.

/Algumas pessoas deitadas no centro do circulo semi-nuas. A cor de fio de lã de baba, tirada da boca posta sobre elas, enrolada em nós. Nós nós.

/O que é parte de mim? E se fosse sangue? O que o nojo representa no meu corpo? E qual a minha relação com isto? Era nojo ou descoberta? Era punição, acesso ou invasão?

Entrar em um estado de descoberta sem medo. 
/
/
//Nós nós. Nós nós. Nós nós. Nós nós.

Palavras: uma depois da outra no écran

Nas aulas de processos híbridos sou provocado a efetuar um diálogo intenso com meus motores desejantes mais íntimos. Na tentativa de sair do lugar de reprodutor de uma ação externa, do cumprimento de um desejo alheio, penetro nos impulsos que me motivam ou não a agir. Percebo que em certa medida tenho liberdade para olhar, entender (racionalmente ou subjetivamente), encontrar alguma ligação com o que é proposto que ultrapasse o comando exterior. Sou dono de minhas vontades? Até que ponto?
Minha dificuldade, na maioria das vezes, é encontrar modos de agir e investigar que vá além de uma ação estranha, esquisita dos sanatórios... Mergulho desde que eu encontre alguma relação entre eu e água, senão prefiro estar sentado à areia, tomando coca-cola.  Busco fugir do lugar comum que me parece a facilidade do sanatório. Sinto-me... Dialogo-me... Desobedeço-me... Ouço-me... O que eu quero? Porque estou aqui? O que faço com a liberdades dos outros?
Não quero ser só estranheza, ser só pela estranheza de ser estranho, pois já sou estranho pela não estranheza de ser estranho. \
O que me move????

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Páscoa será?

A lã que entrava ruim e saía boa Naquela lã enfiada na minha boca senti nojo, pensei em coisas que não gosto de comer, pois infelizmente tenho problemas em digerir certos alimentos por ser chata mesmo. É como mudar os pensamentos da água para o vinho pois ao iniciar o depósito de fios de lãs babadas nos colegas que estavam deitados no solo, pensei com carinho como se eu tivesse depositado todo meu esforço de colocar na boca, mesmo sendo um fio todo molhado com saliva, para mim foi como se eu tivesse derramando gotas de carinho, mesmo que fosse daquela forma. As babas com o bafo da manhã misturados no ar da sala, me fez pensar em igualdade, porque as coisas são todas divididas em nossas vidas entre o bom e o ruim, mesmo sendo uma coisa que faz parte de todo humano, o porquê que as coisas devem ser assim do jeito que a maioria pensa, é uma coisa que me instiga todos os dias e refletir que não quero ser igual sempre e nem diferente sempre, gosto de apenas me permitir e sentir e respeitar, e quero aprender sempre a talvez melhorar.
Texto 2 – Preparada ou não? Brincadeira de criança na chuva, corpo na expectativa do novo, e o que nos esperávamos era uma sequencia de trocas de roupas novamente, mas utilizando diferentes formas de abordagens, com a oportunidade um pouco mais livre para experimentar algo que estivesse querendo expor, movimentos que usamos em outras aulas, pessoas curiosas como espectadoras. E naquele momento comecei pensar que eu não estava preparada para aquela situação, não consegui tirar todas as minhas roupas, vergonha não é o melhor significado para isso, mas me causou certa confusão, que não consegui me entregar, e meu corpo se fechou em meio da preocupação externa ou até mesmo de causar algum incômodo com a administração da Casa de Cultura, porque o portão não havia sido aberto para a turma e de certa forma me senti bastante preocupada com a situação. O melhor é saber que realmente não estou preparada, mas na vida é assim, e é bom saber que não estamos preparados, pois isso é o que nos motiva para buscar mais. Mesmo querendo eu não estava de alma presente, e é muito louco pensar que algo que foi tão rico para mim o ato das trocar de roupas com os colegas quando realizado da primeira vez, fosse de certa forma tão subjetivo na segunda aula. Conhecer as nossas reações é uma aprendizagem interna, e respeitá-las também é importante.

práxis



Eu constantemente relaciono o lugar das coisas nos espaços de fora com os lugares que existem no meu lado de dentro, minhas lembranças e minhas ficções;
Acho que assim executo a maioria dos meus trabalhos enquanto artista. Explorar meu corpo como linguagem é um território em exploração e meus encontros diários no grupo experimental são meu laboratório de pesquisas e práticas sobre o meu corpo, sobre o corpo dos outros.
No último encontro durante o experimento de processos híbridos de criação eu senti coisas muito diferentes em contraposição ao meu primeiro contato, entendi uma série de dispositivos utilizados como disparadores de percepção e consegui relacionar eles diretamente a estados performáticos, contudo me questionei em diversos momentos no quanto dessa investigação partia diretamente do meu interesse em explorar as linguagens do corpo e o quanto disso era proposição direta e insistente durante a tarefa. Num segundo momento me detive a observar as práticas e os limites de cada participante do exercício, aí automaticamente refleti sobre as visões de performance que estávamos praticando e insistindo: corpos expostos, uma certa fragilidade humana, limites das ações e exaustão. Tudo isso me pareceu uma nata muito fina de uma linguagem que eu considero mais complexa; Não me parecia muito diferente de todas as referências dos anos 60; pensei em Valie Export depois nos acionistas vienenses e senti uma necessidade de tentar ver além.
A polêmica e as cenas fortes não parecem me surtir mais efeito, eu diria parecem surtir efeito em ninguém. A violência faz parte do vocabulário visual das pessoas e a exposição do corpo acaba sendo uma faca de dois gumes num jogo provocativo com expectador.
A arte agressiva tem que ser rebuscada, para aplicar aos olhos a mensagem verdadeira, o bruto é vulnerável, e pode ser utensílio ardiloso se usado com precisão. É como vejo minha poesis.
Já quase no final do exercício eu me questionei do quanto difícil era pensar em uma aula de performance onde o propositor incita uma série de ações para falar sobre um território tão subjetivo.
As ações durante todo exercício de nada me chamavam a atenção a investigar, e até então tudo que eu fazia era me perguntar até onde de fato eu estava disposto a emergir na prática. E foi na prática descobri. Rompendo fios de lã e desconstruindo um sistema montado em conjunto, o meu “ato performático” a minha práxis não é diferente das minhas demais linguagens e me vi rasgando linhas em estado catártico esse era meu transe, meu inconsciente trabalhando nas minhas ações e meu corpo não era mais limite do meu pensamento.


Maílson

quinta-feira, 1 de maio de 2014

/ hô g


 
Mi madrezita y su bofe com nossos novelos babados
fridz
o velar da origem das coisas faz com que as coisas rehabitem o mundo feito ninfas virgens