Fios que afogam
Seus pertences. Já falei que depois que comecei a
experimentar/vivenciar as aulas de performance minha relação com as minhas
coisas mudaram? Pois é, essa relação gerou uma grande pergunta que move meus
dias atuais e me modifica de forma radicalmente constante: O QUE EU PRECISO?
Muitas são as respostas/reações que aparecem quando eu estabeleço/faço essa
pergunta, muitos são os sustos que eu tomo com certas respostas (minhas),
quando me deparo com uma consciência mecânica, clichê e monótona.
/As respostas me instigaram e me trouxeram novos “campos” que
até então adormecidos estavam por eu não querer acordá-los. Não preciso dizer
que estas respostas geraram mais muitas perguntas.
/Comam o novelo. Hã? Como assim? E ele foi enfiando aquele
emaranhado de fio na boca. Assim, eu repeti. Enchi a boca de lã, de cor, de fio
de lã de cor.
/Algumas pessoas deitadas no centro do circulo semi-nuas. A
cor de fio de lã de baba, tirada da boca posta sobre elas, enrolada em nós. Nós
nós.
/O que é parte de mim? E se fosse sangue? O que o nojo
representa no meu corpo? E qual a minha relação com isto? Era nojo ou
descoberta? Era punição, acesso ou invasão?
Entrar em um estado de descoberta sem medo.
/
/
//Nós nós. Nós
nós. Nós nós. Nós nós.
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